quarta-feira, 1 de junho de 2011

Se - pa - ra - ção

       





        Não se trata de separação silábica. Falo daquela que te isola de parte da sua vida. É quando você precisa criar uma pasta nova sem seu HD vital. E transferir para lá todos os sonhos perdidos, as frustrações, as mágoas, as dores, as lembranças e os sentimentos. Eles são você, fazem parte de sua vida, de sua formação. São indissociáveis. 
         O nome você pode tirar. O sentimento de fracasso não. De casa você pode mudar. A lacuna que fica não. Ela te acompanha a qualquer lugar. Perdas e ganhos: inseparáveis. Ex-marido. Ex-mulher. Ex-sogros. Ex-família. Os filhos permanecerão. Manterão as famílias unidas na doença, no aniversário, no natal, na formatura. Laço de vida. As características marcantes dos pares serão relembradas a todo instante pela cria. Continuidade do casamento. Ponto de convergência da família. Inevitável. 
          Hora de rever a vida. Se separar da baixo autoestima e doar amor a si mesmo. A muleta quebrou. Não tem ninguém em quem jogar a culpa pela sua infelicidade. O jogo está 0 x 0: você contra sua mente e a decisão está na tua mão.
           Separar-se significa casar-se consigo mesmo e conviver com seus anseios e sua própria limitação.

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