segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Ponte


Aponte-me o caminho
da ponte, em mim já
desponta, tonta, a ânsia
de atravessar.

Perpassada do nada,
Ilhada no descaminho,
Este abrigo daninho
insiste em desapontar.

Desse lado de cá
Pontua-me o vazio
de não tatear
um solo tranquilo.

No outro lado de mim
tem terra firme,
o silêncio repousa.
Mas, como chegar?

Sempre invento
perguntas sem respostas
Tento, faço apostas
só desalento

Seguro no vento
subo o banquinho
recolho minhas pernas
espero a ponte apontar...