terça-feira, 14 de setembro de 2010

Carta à Maria Eduarda


Madú, amor da minha vida, obrigada por tudo o que você fez por mim!





Hoje a Maria Eduarda completa 1 ano de existência em minha vida. Por esse motivo, decidi homenageá-la publicando essa carta que escrevi na ocasião de sua partida para o novo mundo. 1 ano de dor, saudade, vazio, silêncio, paz, certeza de um reencontro!

Filha, te amo!

Sinta o meu amor no seu coração!

Fique em paz!


Brasília, 14 de setembro de 2009.


Madú,


Nem nos meus mais lindos sonhos achei que fosse possível sentir uma felicidade tão grande quanto a que passei a sentir com a sua existência em mim. 22 de janeiro de 2009, eu e seu pai ficamos sabendo que você já estava crescendo, linda e forte no meu ventre. Alegria, susto, felicidade, êxtase foram alguns dos vários sentimentos que sua chegada me proporcionou.
já não seríamos mais Cristiane e César, e sim, Mamãe e Papai. Já não seríamos dois, e sim, três. Uma família. Junto com você estava sendo gerada uma nova família, a família Lima de Oliveira.

A descoberta do seu sexo foi outra aventura pela qual passamos: seu pai que sempre quis uma menina, para contrariar, passou a falar que queria um menino, o que me confundiu um pouco, mas, no fundo, eu sabia que você era a tão sonhada Maria Eduarda.
Sim, filha, seu nome já estava escolhido por seu pai a mais de dez anos. Quando eu o conheci você já era um sonho dele e, com o amor, passou a ser o meu também.
Com quatro meses de gravidez veio a confirmação de que você era realmente uma menina. Uau! Mamãe ficou enlouquecida de felicidade e o papai ficou bobo, todo satisfeito! Só não ficou muito satisfeito por perder todas as apostas feitas com os amigos, inclusive comigo. Imagina, filha, só pra mim ele teve de pagar um mês de sushi. Mas tudo era brincadeira, diversão e pretexto para falar de você.
Logo em seguida, vieram as primeiras danças, sim amor, você dançava na barriga da mamãe de um jeito tão gostoso que eu parava qualquer coisa que eu estivesse fazendo para prestar atenção em você. E, eu tinha certeza que o que você dançava era, no mínimo, um forró! Oh, como se mexia!
Você tinha de ver a cara do seu papai quando ele viu sua dança pela primeira vez! Sabe aquela cara de abobalhado misturada com expressão de criança que acabou de ganhar a balinha que tanto queria? Pois é! Era a cara do seu pai impressionado com os seus movimentos. Bastava ele colocar a mão para você mexer no mesmo instante. Eu ficava até com ciúmes, mas era um ciuminho bom...

Filha, você estava crescendo tão rápido que decidimos arrumar seu enxoval. Compramos uma casa linda para você morar, montamos um quarto de boneca de pano, todo em branco e lilás, ficou lindo, perfeito!

Esperar você, sentir você crescendo, fazer suas ecografias, escutar (pela primeira vez) seu coração bater, planejar seu quarto, comprar suas bonecas, foram alguns dos momentos mais maravilhosos da minha vida!

Você me transformou em uma mulher completa, você me mostrou um novo jeito de olhar para o mundo, para a vida! Por isso, acredito que sua missão foi cumprida com louvor. Você foi designada para gerar e fazer nascer uma nova Cristiane e um novo César, mais humanos, mais determinados. Você nos fez nascer denovo. Foi você quem me devolveu a vida. Foi você quem me mostrou o melhor jeito de viver a vida!
O meu amor por você mudou a minha vida e até a minha relação com as pessoas. Com as próximas e com as distantes. As posições foram deslocadas: as pessoas que estavam distantes ficaram próximas e as próximas um pouco mais distantes.

Mas o que importa mesmo é que você saiba o quanto mamãe e papai foram felizes em todo esse tempo que você esteve sendo gerada. Rimos, ficamos encantados, abobalhados, algumas vezes assustados e muitas vezes embevecidos de prazer e alegria.
Eu te agradeço por tudo o que você me deu. Todas as emoções, todas as alegrias, todas as descobertas, todo aprendizado, toda felicidade...

Minha filha, eu te agradeço por esse amor que nós três construímos, você sempre fez parte da minha vida e sempre será lembrada como a primogênita, a filha mais velha que está morando, a partir de agora, num outro país. O país dos anjos, dos espíritos iluminados, o país do amor.

Sei que apesar da distância nosso amor e nosso pensamento estarão eternamente ligados!

Te amo Maria Eduarda Lima de Oliveira!

Ass: Cristiane, sua mamãe.



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