Uma tristeza funda. Uma semana sentindo a dor do mundo. Chega a ser uma dor física. Um suspiro lento e profundo. Estou descobrindo que somos seres essencialmente solitários. Interagimos, namoramos, temos família, construímos outras famílias, mas nascemos e morreremos sozinhos. A passagem é individual. Os queridos que nos acompanham na estrada permanecem a nosso lado apenas em um trecho do caminho. Nesse percurso erramos tanto, erram tanto conosco! Só mesmo os laços de amor pra nos permitirem errar sem maiores danos. Só mesmo o amor pra nos permitir crescer com nossos erros. Só mesmo o amor pra nos permitir ficar confortáveis mesmo quando somos obrigados a encarar nossas limitações. E esse não é o amor romântico de homem - mulher.
Esse é o amor que se constrói entre pessoas que se dispõem a compartilhar sorrisos. problemas, erros, afinidades, interesses, vida.
O que não impede que as frustrações, divergências, enganos, erros, humanidades e etc participem do nosso cotidiano. Elas são inerentes a nós.
Hoje, aceitando minha limitação, meus desafios, consigo ser mais tolerante com o outro. É que estou mais flexível comigo mesma. Isso faz toda diferença. Comecei a me permitir ser mais gente. Viver coisas diferentes. Me livrar dos tabus desnecessários.
Decidi viver com mais leveza. Amar mais. Perdoar mais. Começando por amar e perdoar a mim mesma.
O mais engraçado é que essa decisão não anula os momentos tristes. Pelo contrário. Viver o agora é um desafio, por vezes, doloroso. Mas, compensa.
Meu momento agora... é Arte, Gente, Poesia, Conhecimento, Estrutura, Amizade, Dedicação, Sexualidade, livros, família, poeme-se.
Vou morrer amanhã, com certeza!
Estão todos convidados pra "Noite que não tem samba"!
(A dor já diminuiu, terminei de escrever.)
Caro leitor,
Não esqueça! Você é gente! Ser humano!
Por favor, humanização já pro Ser!
Descoberta sempre, até o último minuto.
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